Você já se perguntou por que, mesmo com boas ferramentas, prazos bem definidos e profissionais capacitados, sua equipe não está performando como deveria?
Antes de culpar o time, talvez seja hora de se fazer outra pergunta: “O que da minha liderança pode estar influenciando esse resultado?”
Este artigo é um convite à autor responsabilidade — uma das marcas mais fortes da liderança contemporânea. Porque, quando a equipe não está performando, o líder precisa ser o primeiro a olhar para si.

A história que revela o que está em jogo
Durante anos, acompanhei uma empresa que dizia não conseguir fazer sua equipe “andar”. O discurso da liderança executiva era: “As pessoas não entendem a cultura, não são ágeis, não pensam como o mercado exige.”
No entanto, ao longo do tempo, o padrão se repetia: profissionais qualificados, experientes e alinhados com o novo mercado entravam na organização — e saíam rapidamente. Por quê?
Porque, na prática, se deparavam com uma liderança centralizadora, ansiosa, autoritária. Estratégias mudavam a cada semana. Não havia espaço para ideias. Nada evoluía sem passar pelo “chefe”.
Enquanto isso, o líder seguia culpando a equipe.
Liderança é influência — e influência exige confiança
Se as pessoas não confiam no líder, elas não permitem ser influenciadas por ele. E sem influência, não há liderança real.
Além disso, confiança não se constrói com controle. Se o líder:
- centraliza tudo,
- não delega de verdade,
- muda de ideia o tempo todo,
- age movido por ego ou status,
…então, ele gera desconfiança. E onde há desconfiança, há baixa performance.
Quando a equipe não está performando, o que o líder deve observar?
1. Você assume responsabilidade por liderar?
Ser líder é mais do que ocupar um cargo. Em outras palavras, é ter accountability. É assumir o papel — e os efeitos dele.
2. Sua comunicação é clara e assertiva?
Dizer “está mal diagramado” não basta. Comunicação efetiva exige clareza de expectativas, feedback constante e diálogo aberto. Ou seja, não é o time que “não entendeu” — talvez você não tenha explicado o suficiente.
3. Você está delegando com autonomia e limites?
Delegar não é “passar a bomba” e desaparecer. Pelo contrário, é orientar, acompanhar, confiar — sem microgerenciar.
4. Os objetivos estão claros para todos?
Uma equipe não pode se engajar com metas que não conhece. Portanto, o líder precisa tornar os objetivos visíveis, compreensíveis e coletivos.
5. Você conhece as necessidades do seu time?
Cada pessoa tem um jeito de aprender, se motivar, receber feedback. Logo, liderança eficaz é personalizada.
Se a equipe não está performando com consistência, talvez o problema não esteja nos processos ou nas pessoas — mas na forma como a liderança atua, se comunica e cria ou não um ambiente de confiança.
Liderança exige autoconhecimento
Segundo uma pesquisa da Gallup em 52 países, as quatro qualidades essenciais de um líder influente são:
- Esperança
- Confiança
- Compaixão
- Estabilidade emocional
Veja que não se trata de “conhecimento técnico” — mas sim de maturidade emocional e consciência relacional. Líderes extraordinários não são os que sabem tudo — são os que sabem lidar com pessoas.
Não existe time excelente com liderança mediana
Equipes de alta performance sempre têm um líder que desenvolve, apoia e desafia na medida certa.
Mesmo um grupo cheio de talentos pode falhar se o líder:
- não cria confiança,
- não promove conflitos saudáveis,
- evita responsabilizações,
- e foca só em metas e processos.
Em resumo, um grupo trabalhando junto não é um time. Um time se forma quando existe cultura, conexão, comprometimento e clareza de papéis — e tudo isso começa no líder.
Os desafios modernos pedem outro tipo de liderança
A liderança contemporânea precisa dar conta de:
- Múltiplas gerações no mesmo time
- Transformações constantes
- Necessidade de reaprender (reskilling)
- Excesso de informação e decisões complexas
- Alta demanda por resiliência e inovação
Portanto, liderança antiga não dá conta dos problemas novos.
Por isso, precisamos de líderes conscientes, autênticos e responsáveis. Líderes que compreendem seu papel estratégico e trabalham com segurança psicológica como base.
Segurança psicológica: o novo alicerce para resultados sustentáveis
A segurança psicológica permite:
- performance com leveza,
- inovação sem medo,
- responsabilização com respeito,
- saúde mental no trabalho.
Ou seja, não é um “bônus” da liderança moderna — é sua fundação.
Inclusive, em contextos onde a equipe não está performando, é quase sempre um dos primeiros fatores a serem observados. Sem ela, o ambiente sufoca o aprendizado e paralisa o potencial.
O próximo passo: baixe o Manual da Liderança Segura
Se você percebe que o modelo de liderança tradicional não está mais funcionando, mas ao mesmo tempo sua equipe não está performando como poderia, este é o primeiro passo.
📘 O Manual da Liderança Segura é um material prático e direto, que vai te mostrar:
- Quais são os principais erros que comprometem a confiança do time;
- Como identificar atitudes de comando e controle que ainda vivem no seu dia a dia;
- E quais são os pilares de uma liderança mais leve, estratégica e sustentável.
Em suma, é um convite para quem quer influenciar com consistência, sem se perder em fórmulas prontas.